Um jantar formal, cheio de gente que não conhecemos e queremos logo agradar, que fingimos já conhecer de longa data, que fazemos juízos ou dizemos umas coisas giras para darmos uma de inteligentes ... daqueles em que nos obriga a comer com a faca, o garfo, a colher, a faca da carne e do peixe, o garfo da salada e da carne ... cheio de coisas estúpidas quando apenas temos fome e desejamos comer e acabar com aquele ritual desnecessário. De repente deixarmos cair um pedaço de comida na alcatifa e fingirmos que não vimos e escondermos com o sapato, entornar água na borda do copo porque a garrafa estava cheia demais, engasgarmo-nos sem contar e, pior ... termos vontade de coçar o pé mesmo no meio e não dar!... é aí q vem a dor esquesita ... aquela dor que não sabemos explicar e que aparece quando menos precisamos dela. Esta é a história da minha Douleur Exquise ... aquela que por mais palavras que escreva em papéis soltos para alguém encontrar ou a pesquise no google (e parece que se encontra de tudo lá) não encontro a solução para ela. Fiquei perdida na minha Douleur Exquise. Não consigo explicar uma infinidade de coisas que acontecem ... e o pior é sentir-me feliz se não as tivesse que entender e deixar-me na ingenuidade dela contigo, mas torna-se difícil quando no corredor existem só duas pessoas e nenhuma diz olá ... ou uma diz "quero estar contigo" e a outra não responde e acena um adeus com o seu olhar de três mil pés de profundidade. A minha Douleur Exquise começa onde começou muitas outras, vindas do nada e a acabar com tudo. Começa quando fugimos sozinhos para a imaginada tentação do romeu e julieta; quando as palavras prendem quando se cruzam com as tuas e não saem. Querem-te calar e não conseguem ... são tao pequenas, sem hipótese. És uma trincheira numa batalha perdida, numa guerra que já não existe, e eu ali ... sou só eu ... aquela que não conheces ... que evitas conhecer. Tento perceber as mil razões para os jogos que se fazem na minha cabeca, os desejos, as loucuras, as surpresas, o querer, o irracional ... e nada aparece para me salvar. Nem mesmo tu ... fugiste não comigo, mas de mim! Foste para um lugar só teu. Feriste o meu orgulho, a minha frieza construída e os meus castelos para te isolares sozinho com os teus fantasmas e seres feliz assim ... sem eu estar por perto. Fizeste da tua verdade apenas a única hipótese válida e a olhar de fisgada para a minha, riscaste o papel que te dei sem nunca o leres. Abri-te o meu castelo sem nunca me ter permitido isso ... e apenas me deixaste esta "Douleur Exquise" de menina mulher que não conquistou por pensar que estava a ser conquistada; por ser naive demais, por "já ninguem se apaixonar de verdade. Já ninguém querer viver um amor impossível. Já ninguém aceitar amar sem uma razão.". Já ninguém aceita a Douleur Exquise de borboletas no estômago que ninguém acredita que podem voar dentro de nós e nos elevar com elas!... É essa dor que não quero conhecer por vivê-la sozinha e que não permiti que me consumisse por inteiro e, ser estranha ... estranha ao meu mundo solitário que aprendi a viver sem nunca te dar permissão para nele entrares e fazeres-me ver que ainda e possível ... de novo, mas sozinha ... e essa dor eu já conheço... e é apenas minha!
"Samantha: Men do this all the time. Women walk around thinking "we," and their version of "we" is "me"... and my dick!"
"Samantha: Men do this all the time. Women walk around thinking "we," and their version of "we" is "me"... and my dick!"
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