terça-feira, outubro 31, 2006

Onde tu estás ....


O tempo já não nos leva ... O tempo já não é meu ... não é nosso, nunca foi. Venho apagar o que ficou ... o que restou e o que se perdeu. Onde?... algures onde tu estás.

segunda-feira, outubro 30, 2006

As palavras que sempre te direi e ... porque ás vezes também chove ...

"Estava aqui sentada na minha cadeira, que por vezes julgo que comanda o mundo, e apeteceu-me escrever-te.
Lembrei-me dos mails que às vezes trocavamos por puros desencontros e vontades que se tentavam acalmar pelas palavras virtuais. Devia ter prolongado momentos assim. Eram simplesmente deliciosos. Discursos até altas horas. Mensagens codificadas em mistérios de conhecimento. Deixares-me recados na minha página. Leitura obrigatória. Ainda o fazes? Ainda te vicias no que eu escrevo? Parecia uma cereja no topo da melhor sobremesa de um casamento ou de um baptizado. Talvez fosse uma refeição dos deuses. Um prato colocado entre Zeus e Afrodite. Olhares cruzados no meio de uma azafama de uma sala cheia de loucura e o silêncio de duas pessoas. Deixo-te ser Zeus se me deixares ser Afrodite!
Reli-te vezes sem conta. Tentei perceber o porquê da quebra do mistério e o começo de questões. Queria aquela excitação ... o conhecimento esvaneceu-se?! Com tanta sede... agora somos "incompatibles". Tinha já tantos pontos à maneira de Hiládio Climaco que não pensei numa derrota assim. É verdade. Não se pode obrigar a ver quem não quer. Mas daí talvez ninguém saiba o que se quer OU quem afinal reside o poder de saber o que é o certo e o errado? Isto faz-me lembrar a Alegoria da Caverna de Platão. O maior texto jamais escrito. Irredubitavelmente o texto mais actual de sempre. É irónico nele estar Sócrates... tantas vezes por nós falado. Ele aparece sempre nos discursos. Presumo que conheças a história...

"Sócrates - Considera agora o que lhes acontecerá, naturalmente, se forem libertados das suas cadeias e curados da sua ignorância. Que se liberte um desses prisioneiros, que seja ele obrigado a endireitar-se imediatamente, a voltar o pescoço, a caminhar, a erguer os olhos para a luz: ao fazer todos estes movimentos sofrerá, e o deslumbramento impedi-lo-á de distinguir os objetos de que antes via as sombras. Que achas que responderá se alguém lhe vier dizer que não viu até então senão fantasmas, mas que agora, mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, vê com mais justeza? Se, enfim, mostrando-lhe cada uma das coisas que passam, o obrigar, à força de perguntas, a dizer o que é? Não achas que ficará embaraçado e que as sombras que via outrora lhe parecerão mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora?

Glauco - Muito mais verdadeiras."

Talvez tivesse sido assim. Vimos sombras erradas um do outro. Talvez agora, que com mais justeza olhamos à realidade, se descubra que não era o que pensávamos ser. Ou ... Talvez tivessemos sido consumidos pela aparência das coisas que nos aconteceram e depois de termos sido libertados e, após saciar a sede do desconhecido e do enigmático, já se pense que nada mais há descobrir e a fantasia das sombras, outrora mistificada e devotada, se tenha apagado. E mesmo que depois de libertado de todo esse mundo por nós criado, como que flutuado em nuvens de algodão e morangos, eu voltasse e te sussurra-se ao ouvido para acreditares em mim ... dares-me a tua mão e voares comigo sem destino e conhecer o mundo onde reside a essência de cada um de nós e abrir-te um desafio?! Quererás libertar-te das sombras por nós criadas? Desejarás manter-te à margem de tudo na incompatibilidade do teu racional? Ou desejarás fazer aquele risco no chão e eu ir contigo?... Desejarás o burro e as três cenouras?!
A escolha ainda reside em nós. A liberdade também ... Sim! Fiz nós no pensamento ...
Se calhar esperava mais magia. Se calhar esperava mais nome, ... menos apelido?! Mais poeta, ... menos arquitecto! Mais gestos, .... menos decisões. Mais voos, ... menos caminhadas. Deixei-me guiar inocentemente, talvez de forma infantil, nas palavras e nas sensações, que talvez sozinha fui criando. Guiei-me nas gotas de chuva. Nas tuas gotas de chuva pelo meu ombro.Tentei não me (des)iludir ... e esqueci-me que podia desiludir os outros. Esqueci o reverso de uma moeda que não podia controlar a queda e controlar o seu destino. Esperei menos coisas banais, mais impulsividade e diferença. Esperei recordações maiores. Mais perenes! Esperei convites absurdos.
Lembro as voltas na rotunda. Tinhas razão. Algum dia haveria-me lembrar do disparate de andarmos ali as voltas. O vaguear no nada, a ver tudo.
Menti-te!... houve alturas que estava nervosa como o raio! Senti borbuletas no estômago! ... senti-me bonita, especial ... divina. Conheci mais de ti ali naquele momento, mais que ao que pensei e que ao que viria a conhecer nos dias seguintes. Depois ter ouvido chover naquele sofa. As conversas ...
É incompativel. Tens razão! É incompatível pensar nestas coisas todas e não saber o que aconteceu a seguir! Somos incompatíveis darmo-nos tão bem nas palavras, nos gestos, nos voos, nos pensamentos, nas vontades sem destino, nos olhares, nas carícias, na beleza, na profissão, nos conhecimentos, no aprender e no ensinar. Sim, somos incompatíveis por sentirmos e nos mentirmos que somos compatíveis. Desenhaste a linha... e fui contigo! Fechei os olhos e levaste-me. Afoguei-me naquele mar escuro ... não sei nadar. Confiei no momento.
Não sei conquistar! Não te sei conquistar ... Já não sei jogar esse jogo. Desisti.

"Sentir que te conheço, mais que o que penso saber e ser incapaz de te conquistar ... Sentir que te conheço, mas que não consigo dizer-te para ficares ...
Sentir que te reconheci no meio de muitos e não sei explicar o porquê, mas que é em ti que reside o poder de voltar!"

Tenho medo de não o ganhar contigo.

"E se uma só palavra fosse capaz de te abandonar o mal? E se um beijo te fizesse esquecer de que tens medo do escuro e te permitisse sentir as coisas com verdade? E se os anjos de asas brilhantes e os demónios de cornos e cauda não passassem de mentiras e apenas existissem pessoas, pessoas, com coisas boas e más, qualidades e virtudes, mas cm luz, com individualismo, com liberdade, com verdade, com capacidade de rir e de amar, de sonhar e de caminhar? E se tu fosses apenas uma delas, apesar de o negares? Tenho um desafio para ti que quero ganhar contigo. Como posso deixar-me vencer pelo teu passado superior? Como posso eu apagar-te do teu passado e conquistar o teu presente com o meu?! "

As questões foram lançadas. Até tive receio das lançar! Respondeste!...
Fui parva! Eu sei ... A última coisa que queria é que a magia fosse pressão ou um ultimatum inconsciente. Estava atordoada, deliciada com a verdade de coisas inocentes. Desculpa! Pensei que fosse recíproco ... o poder das palavras, das noites na conversa em meio mas ...deixaram-me solta de preocupações e tudo se residiu em vontades do "never ending". Fui ingénua pensar que se colam momentos e os tornamos eternos só porque existe um desejo ... uma sede: a minha e a tua. Agora olho para o teu bonequinho offline no messenger e questiono-me se estarás lá a ver-me a distância... a querer falar apenas comigo. Mas continuas offline... estarás lá? Apenas a observar-me? Sem vontade para me falares como dantes? Estarás efectivamente tão longe como eu penso que estás?! Estarás tu com saudade do que eu sou? E ... como poderias, se não me conheces?! ... se sabes que sou apenas isto, aquilo que escrevo; aquilo que tu vês quando olho para ti.
Fui céu, fui loucura e desejo ... e agora? desilusão?perdição? tentação? conveniência? passado? lamiré? .... incompatível como céu e mar, lua e sol. E sem compreender, dás-me coisas que me assustam, que me derretem. Poderá não ser nada, mas quero tentar ... fecho os olhos e voo de novo como um dia voei até ti, para (re)começar junto a ti .... talvez sem sucesso ... mas estendo-te a mão, traço-te uma linha e abro-te o chão... vens?!
e às vezes ... Também chove ...

'mais que um "acho" imaculado e "despite appearances [and differences], I like you, very much. Just as you are."'

Just me ...

Raquel "



domingo, outubro 29, 2006

Conclusão de começo de dia ... talvez de semana, mês ou ... ano


Este post foi tirado de um blog (http://afeiradasverdades.blogspot.com/) e faço destas as minhas palavras para hoje :

" Conclusão do dia:

A minha irmã mais nova (note-se que tem 6 anos) tem 3 namorados. O João, o Miguel e o Edmundo, que é pretinho, a criança mais bonita que eu já vi em toda a minha vida. Não, não estou a brincar: 3 namorados.
No entanto, eu e a minha irmã Maria, que tem 22 anos, não temos namorado nenhum. Não, não estou a brincar: 0 namorados.


E o que é que eu quero? A simplicidade perdida. Um homem decidido, que saiba o que quer, me encoste à parede e diga: porque sim, porque eu quero.

Farta de tótós!

sábado, outubro 28, 2006

The Neverending Story


Que posso eu acrescentar a este clássico de infância!? Simplesmente uma delícia!

sexta-feira, outubro 27, 2006

Sabrinas em poças de chuva ...

"You don't remember me but i remember you, I lie awake and try so hard not to think of you.
But who can decide what they dream? and dream i do..."
Anonymous diz:
vamos passear?
K e l l e - Memorias de uma Gaija diz:
onde?
Anonymous diz:
hum...
Anonymous diz:
apetecia-me:
pegar em ti,
meter-te no carro,
ir ver o mar escuro da noite;
devagar ao ritmo das palavras
escolhias tu a música
K e l l e - Memorias de uma Gaija diz:
tenho musica fixe!
Anonymous diz:
que queres ouvir?
K e l l e - Memorias de uma Gaija diz:
agora apetecia-me Llorca
Anonymous diz:
não queres saber onde te levo?
K e l l e - Memorias de uma Gaija diz:
quero ... mar escuro?!
Anonymous diz:
mas a costa prolonga-se ...
Anonymous diz:
deixas-te ir assim no carro?
sem destino?
K e l l e - Memorias de uma Gaija diz:
deixo ... é o que eu mais gosto
Anonymous diz:
vamos por aí ... quando começar a nascer o dia,
vamos apanhar morangos para comer ao pequeno almoço à beira mar.
Anonymous diz:
mas inventamos os nossos morangos ...
K e l l e - Memorias de uma Gaija diz:
tu fazes um desenho eu faço outro, tu ficas cm o meu e eu com o teu
K e l l e - Memorias de uma Gaija diz:
Deliciamo-nos!
Anonymous diz:
Sou estranho;
Anonymous diz:
Eu faço nós a mim próprio pura e simplesmente pelo prazer de ter de os desatar.
K e l l e - Memorias de uma Gaija diz:
e isso é estranho porque?
Anonymous diz:
Vivo em total harmonia e simplicidade.
raramente as coisas são complicadas para mim,
mas...
no entanto está sempre tudo bem baralhado.
é do género de baralhar;
desfazer;
para tornar a baralhar;
fazer um puzzle e desfazer;
para voltar a fazer ...
Anonymous diz:
quem queres encontrar?
K e l l e - Memorias de uma Gaija diz:
alguém...
Anonymous diz:
tas a tentar dar-me a volta! ... alguém não basta...
K e l l e - Memorias de uma Gaija diz:
Queres um texto d principes e princesas? De homem perfeito?!... já fiz mtos e não há... apaixonamo-nos por coisas que nem conhecíamos, e são essas que eu procuro. Não te posso descrever uma coisa que ainda não sei.

E alguém não bastou! Tinhas razão. Não existiu!
Fizeste puzzles e desfizeste ... mas não voltaste a fazê-los. Da simplicidade não viveste e do baralho foi tão fácil desistir como apanhar as cartas que deixaste cair e se espalharam pelo chão! e ... "You don't remember me but i remember you, I lie awake and try so hard not to think of you. But who can decide what they dream? and dream i do..."

quarta-feira, outubro 25, 2006

We Always Did Feel the Same

We Just Saw it From a Different Point of View

“Bridget: I mean, you seem to go out of your way ... to try to make me feel like a complete idiot… every time I see you, and you really needn't bother. I already feel like an idiot most of the time anyway.”

“Mark Darcy: I don't think you're an idiot at all. I mean, there are elements of the ridiculous about you. Your mother's pretty interesting. And you really are an appallingly bad public speaker. And, uhm, you tend to let whatever's in your head come out of your mouth without much consideration of the consequences... But the thing is, uhm, what I'm trying to say, very inarticulately, is that, uhm, in fact, perhaps despite appearances, I like you, very much. Just as you are.”

Just as I am … e pareceu tão dificil o meu “just as i am” para ti …
Criei nuvens de algodão… ansiedade de gulodice por conversas intermináveis ao sabor do tudo. Deliciei-me com as inteligências. Discutir assuntos a ouvir o mar, a sentir a chuva cair no rosto, o olhar de criança a descobrir a tua essência. Curiosidade nas histórias, embalar-me ao som da tua voz, de gritar por atenção. Meias, sabrinas e casacos. Quis parar o tempo naquele momento. No conhecimento do desconhecimento…. Mas não consegui. As horas passaram. Os momentos mudaram. Esgotou-se tudo?! Novamente?! A chuva deixou de cair, mas não havia lua … nem estrelas.

Ficou vazio.

Motivos (des)motivados ... Já aqui não estás! Não quiseste estar. Aventura sem continuidade. Aventureiros sem propósito. Caminho à chuva de novo. Volto ao início. Guia-me para voltar. Faz castelos de sonhos.

Onde me guardaste?! Não te vejo!

Tudo porque pensei que o “just as I am” era o mesmo que o “just as you are” to me […] We Always Did Feel the Same, We Just Saw it From a Different Point of View […] Rodou o tabuleiro. O vento levou o jogo. Ficaram os olhares, o desejo acalmado por entre frases feitas de bom senso que nada têm de romântico, de impulsividade ou vontade. A tua vontade é a mesma que a minha. Porque me sinto tão enganada quando me o negas?!

Quero borboletas no estômago! Quero ânsia de te ver. Arranjar-me para ti só porque não há mais ninguém. Elogios às minhas meias! Tentações em olhares. Beijos em semáforos. Encontros fora de horas porque custa passar a noite. Dizer olá sem razão. Dar passeios sem destino.

Surpresa!!

E … mais que um “acho” imaculado e “despite appearances [and differences], I like you, very much. Just as you are.”

E Tu?!

Onde me guardaste?! Levanta a pedra e .... Encontra-me!

terça-feira, outubro 24, 2006

Qui sont des anges?


Autour de moi ____________ All around me
Je ne vois pas ____
_________ I could not see
Qui sont des anges
____________ Who are the angels
Surement pas moi
_________ Surely not me
Encore une fois
______________ Once more again
Je suis cassee
___________ I am broken
Encore une fois
______________ Once more again
Je n'y crois pas
______________ I don't believe it

Senti(n)do d(o) Lugar?!

Flexibound, Cover from the book "Verb Natures", Actar Architecture

[...] Imagem do lago de Peter Zumthor, lança-se a pedra na água, a areia agita e volta a assentar, a terra encontra o seu lugar e o lago já não é o mesmo. [...] A acção do arquitecto não é um acto isolado ... altera o lugar e influi no equilíbrio.

[...] um paralelismo misterioso entre poesia e arquitectura. [...] a arquitectura é definitivamente a conjugação de uns materiais como número. Estudar esses materiais, com umas dimensões, umas medidas, uns números precisos, uns espaços que devido às proporções estabelecidas através desses números, sejam capazes de comover o Homem [...] como comove a poesia.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Do you know what it feels like for a girl to love?

Girls can wear jeans
And cut their hair short
Wear shirts and boots
'Cause it's OK to be a boy
But for a boy to look like a girl is degrading
'Cause you think that being a girl is degrading
But secretly you'd love to know what it's like
Wouldn't you?
What it feels like for a girl?
Silky smooth
Lips as sweet as candy,
Tight blue jeans
Skin that shows in patches
Strong inside but you don't know it
Good little girls they never show it
When you open up your mouth to speak
Could you be a little weak
Do you know what it feels like for a girl?
Do you know what it feels like in this world
For a girl?...
Hair that twirls on finger tips so gently,
Hands that rest on jutting hips repenting
Hurt that's not supposed to show
And tears that fall when no one knows
When you're trying hard to be your best
Could you be a little less...

quarta-feira, outubro 18, 2006

Chilling sofas and black ties

Find me between pillow fights.

Morangos em lápis de cera

O tempo não espera por nós, nós não queremos esperar pelo tempo; O tempo somos nós que o fazemos, nós somos o tempo, o infinito, o olhar, a permanência e o abandono. Somos o tempo na pleinitude das coisas, dos lugares, dos momentos. O tempo consome-nos, alimenta-nos e atira-nos de cabeça contra brisas e ventos, contra gotas e oceanos. Vagueie por aí contigo. Senti o cheiro que completava o teu andar. Penetrei a tua mente e afundei-me no olhar. Queria ter-te abraçado mais cedo, gritar aos céus as borbuletas no estômago que deixaste voar. Fiquei contente. Deliciada. Atordoada. Podia escrever mil e uma palavras que descrevessem o momento, mas ocorre-me apenas dizer-te num murmúrio ao ouvido : "Obrigada pelos morangos em lápis de cera".

sábado, outubro 14, 2006

Quero contar uma história ...

"I want to write you a story about men who melt after meeting me. They kiss me good-bye, then take two steps into a puddle of themselves. Many men. Oblivion. Again ... but theirs!"

Quero contar uma história. A história dos esquecimentos, das falsas interpretações e dos falsos discursos e desculpas, das relações humanas, dos interesses ...
Quero contar uma história. A história dos amores imaginários, dos que pensamos amigos verdadeiros, dos significados, da essência, do real e do sonho, das tentativas e fracassos ...
Quero contar uma história ...
A história do perdão, dos inícios e dos finais, do constante e dos impulsos ...
Quero contar uma história ... A história de uma data de tretas, sem qualquer sentido e tento perceber as palavras e desisto. Para dizer a verdade não é por nenhum motivo especial que escrevo isto, apenas me lembrei de muitos discursos habituais e das desculpas de sempre para quando uma relação, curta ou longa, acaba e o refúgio da consciência no habitual "just friends". É apenas uma história de mais uma desculpa que serve para nos enganar a nós próprios que, apesar de tudo vivido e perdoado, tudo será igual ao que era dantes e essa treta do ser amigos é apenas uma crença a soprar para o nada. A verdade é que as pessoas poucas são as vezes que se veem depois das coisas darem para o torto, poucas são as vezes que pensam uma na outra, desejam e partilham os mesmos interesses e o "quero ser só teu amigo" ataca-nos como uma lágrima derramada de pena e esquecimento numa aceitação forçada do "não quero gostar mais de ti por isso afasta-te" e do nunca mais voltarei a ver-te. Suavizamos o final com mentiras de um futuro "over the rainbow" e do "anything is lost". E é aqui que se começa a questionar as palavras usadas de forma banal do conceito de amigos e do conceito dos significados. Abrimos a boca ao vento para não nos culparmos do que fizemos e mentimos a nos próprios e aos outros acabando tudo por voltar à estrada que se percorria antes de dois caminhos se cruzarem por acidente. As pessoas vão e vêm ... mas onde está o significado e o respeito por isso quando elas vêm de forma mais apaixonada do que quando vão, e a sua ida é apenas um adeus sem compromisso de volta, de querer e de interesse?! Fugiu tudo da mesma maneira q surgiu. Fortes são aqueles que tentam novos desafios. Por mais que nos custe um final, é isso que no fundo nos pedimos : sermos amigos, mas sem mais demoras olhamos à nossa volta e nada de amigos nos tornámos. Longe ficaram as conversas a fio até altas horas substituídas pelo "tudo bem e tu?", estaremos sempre mil e um metros afastados com medo de um ataque do subconsciente, deixamos de ser carinhosos como os amigos são e abandonamos aquilo que nos unia antes de olharmos para a outra pessoa de forma diferente : uma vontade de conhecimento ... até nisso falhamos redondamente.
Já ninguém se apaixona de verdade. Niguém vive amores impossíveis e aceita amar sem razão. As coisas ... as pessoas ... tudo se apaixona por uma razão de prática emotiva ... porque é bonito, porque tem de ser e dá o jeito. O final é um comodismo, é uma mentira, é uma fuga ao ideal de compromisso. É confundir amor com abdicar do que somos e fazemos, é levar a verdade da paixão, do sentimento, do amor construtivo a uma valeta sem conceito, sem paixão pura, saudade, tristezas e receios, desiquilibrios e envolvência, dedicação e espaço, custo mas compensação. Já ninguém aceita o trovador, o elogio as palavras, o reconhecimento das acções. O amor estúpido e cego, como puro e único que existe, como verdadeiro e irrefutável ao coração que nos canta cá dentro.
Saturação de histórias iguais, das mesmas conversas e desculpas para acções inrreflectivas de intenções trocadas e práticas, de conveniência e do "fica bem", de tentativas condenadas. Porque não pode tudo acontecer de pernas para o ar e mesmo assim dar certo? Porque têm de haver esquemas pré-concebidos de conhecimento e envolvimento? Porque assustamo-nos com a impulsividade e a absorção dos momentos que nos fazem feliz sem razão!? Nunca vi pessoas tão cobardes, mentirosas e comodistas como as de hoje. Nunca vi tantos namoricos de beijinho aqui, beijinho ali como os de hoje. Onde está o valor? O significado? A razão que não existe? Incapazes de gestos e acções, de voar ao sabor do vento, de lançar e viver desafios em lamirés de loucuras e rasgos de inocência. Tornamo-nos todos um grupo do "ta td bem e ctg?" depois de momentos que afinal foram apenas arquivados em fraquezas. Olhamos à nossa volta. Já não vemos nada! O Romance desapareceu, fechou loja e foi em largas férias. Nunca mais voltou. Ficou o sofá, a tv, a novela da tarde e o "passa-me o jornal"... Fomos consumidos pelo descanso, pelo cai a chuva em cima do nosso colo. Já não há esforço. Já só há medo de o fazer. A vida matou o amor. O egoísmo e o medo de tentar destruíu-nos a nós. Amor .... amor ... essa beleza apagada .... esse perigo desafiado pelo nada. Já ninguém corre atrás do que não se sabe, do misterioso, do que é difícil de apanhar, de compreender. Já ninguém lê as entrelinhas,... a fantasia apagou-se. A ilusão já perdeu a essência, as noites em claro só se passam a pensar em trabalho, na roupa que se veste no dia seguinte... a ilusão bonita, que não faz mal, foi substituída pela (des)ilusão das pessoas. Inventemos e sonhemos o que se quiser! O amor é água que escorre pelas mãos e que sempre nos ficou pelo coração.
Quero contar uma história .... A história "about men who melt after meeting me. They kiss me good-bye, then take two steps into a puddle of themselves. Many men. Oblivion. Again ... but theirs!"

Come away with me ...

sexta-feira, outubro 13, 2006

É como ....

É como um dejá vu ...
Sentir que te conheço de algum lugar, de algum planeta, de troca de olhares ...
Sentir que te conheço, mais que o que penso saber e ser incapaz de te conquistar ...
Sentir que te conheço, mas que não consigo dizer-te para ficares ...
Sentir que te reconheci no meio de muitos e não sei explicar o porquê, mas que é em ti que reside o poder de voltar!

quarta-feira, outubro 11, 2006

E se tu fosses apenas uma delas, apesar de o negares?

Labirinto

Estrutura concebida pelo artesão Dédalo de Knossos em Creta para o r
ei Minos, para albergar o Minotauro, meio-homem e meio-besta, o qual foi vencido por Teseus, o príncipe de Atenas, guiado para o exterior por um fio oferecido por Adriadne, filha do rei.


Tenho um jogo que quero jogar contigo. E se eu desconstruísse a tua personalidade? Se me limitasse a repetir mentiras ao teu ouvido de tal forma que elas se tornassem verdades diferentes para cada um de nós, não tens, que cada ser tem o seu próprio universo e individualismo, que o azul que eu vejo é diferente do que tu vês e que o sabor de canela é distinto para cada um de nós? E se eu te repetisse mentiras de forma constante, de forma séria e abnegada, até que acreditasses serem essas palavras a mais pura das verdades? Ficarias impávido e sereno à espera que tudo voltasse ao normal e que a mentira se desvanecesse no éter, ou adoptarias um novo estilo de vida e tentarias adaptar-te à nova realidade, mesmo sendo discordante dela? E se eu te enchesse de ideias preconcebidas sobre Deus e o Diabo, sobre o paraíso e sobre a salvação, sobre o inferno e o purgatório, sobre as regras da sociedade, se eu te obrigasse a viver debaixo do seu jugo e declarasse que eram as únicas possíveis, mesmo castradoras, mesmo que fossem contra a tua natureza? Se eu te dissesse para não saltares, para não cantares? Que a tua voz não é bem vinda para o que te rodeia, que tens de seguir protocolos e ritos, adaptar-te a tudo, esquecer-te da natureza, do instinto que te liga ao universo? Se eu te ordenasse que sejas o que detestas, que sejas o que não és, que saboreies o que não gostas? Se eu te agredir e obrigar a esquecer as coisas que desejas, as pessoas que amas, os sonhos que te invadem de noite, se eu te condenar a que sejas no dia uma sombra do que podias ser, frágil e trémulo, ansioso pelo sono, pela liberdade do sonho? E se até o sonho te roubar? Se te proibir de dormir, obrigar-te a ficar acordado a olhar o vazio, sem poderes pensar em nada? Terias medo? Pavor, talvez? Vontade de gritar? E se eu te tirasse a voz? Se quissesses gritar e não conseguisses mover, mas fosses uma estátua de pedra? E se eu te colocasse uma arma na mão e gritasse? Se eu brandasse para que fugisses e para que defendesses o que vês daquilo que não vês , mas que é real, que enche o ar apesar de não o sentires, apesar de não ser visível? Talvez te dissesse que o ódio é o alimento do futuro, o único capaz de crescer, de ficar cada vez maior, intenso, apaixonante, até que tudo o resto seja consumido e apenas tu existas, com a arma na mão, a gritar pelo infinito, nesse vórtice de ódio e loucura. Se eu te apontasse um holofote para os olhos e jurasse que o amor não existe? E se jurasse tantas vezes que o amor não existe que isso mesmo se tornasse verdade, se a luz te encandeasse de tal forma que pensasses ser um axioma inviolável? Ainda escreverias cartas como escreves? Ainda chorarias ao ver filmes italianos românticos ou a pensar naquela pessoa que perdeste? Ainda lutarias como um louco pela felicidade e rezarias a pedir ajuda a Deus mesmo sem O conheceres ou sem acreditar? E se, depois de te descontruir a alma, depois de te desprogramar, como se faz aos computadores, eu te largasse no meio do mundo? Como reagirias? Ficarias assustado? Lutarias com unhas e dentes para regressar à antiga realidade? Ou irias para casa e ficarias fechado no teu quarto, encolhido sobre ti mesmo, sem querer ver o que te rodeia, sem querer sentir outra vez aqueles cheiros antigos e perfumados, que te trazem recordações que anseias serem outra vez realidade, e as paisagens, as paisagens flutuantes que te pairam na memória e te uivam na alma? Serias um autómato consciente das limitações do ser, consciente de que és apenas parte do que podias ser, de que és castrado, infeliz, miserável, apesar de todas as aparências e de todas as recompensas falsas? E se esperneasses, se te revoltasses? Se, apesar do medo e do abismo, corresses para fora do casulo que construí em teu redor? E se descobrisses então que o amor existe e é afinal a única redenção? E se uma simples carícia fosse capaz de reprogramar-te outra vez, de devolver a tua personalidade? E se uma só palavra fosse capaz de te abandonar o mal? E se um beijo te fizesse esquecer de que tens medo do escuro e te permitisse sentir as coisas com verdade? E se os anjos de asas brilhantes e os demónios de cornos e cauda não passassem de mentiras e apenas existissem pessoas, pessoas, com coisas boas e más, qualidades e virtudes, mas cm luz, com individualismo, com liberdade, com verdade, com capacidade de rir e de amar, de sonhar e de caminhar? E se tu fosses apenas uma delas, apesar de o negares? Tenho um desafio para ti que quero ganhar contigo. Como posso deixar-me vencer pelo teu passado superior? Como posso eu apagar-te do teu passado e conquistar o teu presente com o meu?!

terça-feira, outubro 10, 2006

Just me ...



I've walked around.
I've tried too much.
I've desperately found
an invisible touch.
I've challenged the lie.
I've made my own cover.
Tired, I try
To become more than an easier lover.
I needed more than I ever got,
Searching you in my deepest sorrow.
I forgave and forgot.
Haven't left anything to be follow.
I've become a blanket full of cherish fond hopes,
And still a dreamer lost in his forgotten strokes.
I want you to hear me.
I called you so many nights;
A love that can never be
surrounded of drained fights.
Take me as I am,
Hide me in your kiss;
I can't stop wishing to feel you
I cry only for your miss.
I will be yours... without stopping.
Desiring madness of having you;
I will be yours... without thinking.
About one day losing you!
Don't want you to lay
In my no welcome darkness.
Just want you to want me
And fill up my happiness.
I know I'm not perfect
That maybe I'm not that good to you,
But look at me...

I'm Human... I'm true.

segunda-feira, outubro 09, 2006

The Architect's Vision ...


Let’s get out of this country
I’ll admit I am bored with me
I drowned my sorrows and slept around
When not in body at least in mind
We’ll find a cathedral city you can convince me I am pretty
We’ll pick berries and recline
Let’s hit the road dear friend of mine
Wave goodbye to our thankless jobs
We’ll drive for miles maybe never turn off
We’ll find a cathedral city you can be handsome I’ll be pretty
What does this city have to offer me?
Everyone else thinks it’s the bee’s knees
What does this city have to offer me?
I just can’t see ... I just can’t see
Let’s get out of this country
I have been so unhappy
Smell the Jasmine my head was turned I feel like getting confessional
We’ll find a cathedral city you can convince me I am pretty
What does this city have to offer me?
Everyone else thinks it’s the bee’s knees
What does this city have to offer me?
I just can’t see
I just can’t see ...

Where are you HP or Portable Heart ?


Confesso que a minha vida se tem atrasado em função de pequenos detalhes. Sinto falta do meu querido "notebook" que nunca mais vem do arranjo. Enquanto isso fico por Lisboa, porque não vejo a minha vida lá em cima na Invicta sem o meu bichinho e sem o contacto com os restantes demais. Sinto falta das imagens, da partilha de ficheiros, das minhas listas musicais e de mostrar ao mundo que parte da minha vida cabe num bichinho como tu!! És o meu maior confidente ... o meu verdadeiro Journal diário ... o meu verdadeiro espelho electrónico. És a verdadeira companhia quando chego a casa, as conversas em dia, os filmes de lágrima no canto do olho ou de riso contagiante, és o ouvinte e o meu ouvido ... foste e sempre serás o meu chip favorito...
Chega depressa que já estou farta do Sul!

domingo, outubro 08, 2006

Saltei à corda e cheguei às nuvens ...

Podia começar uma poesia, um verso ou um refrão de uma música conhecida; Podia tentar desvendar quebra-cabeças, inventar uma cura ou dar milhões a uma fundação; Podia salvar velhinhas, ajudar cegos a atravessar a rua ou dar dinheiro aos pobres. Podia saltar à corda e chegar às nuvens, abraçar o mundo e torná-lo meu. Podia ter tudo o que desejo e nunca ter o suficiente para ser feliz. Podia ser bonita e não ter ninguém a olhar para mim. Podia ser forte, mas não ter desafios. Podia ser grande e ninguém me ver. Podia andar no teu caminho e ser transparente. Podia controlar o tempo, mudar os momentos e mesmo assim errar. Podia ser tudo o que não sou e ter-te deixado ficar, mas nao consegui. Criei um puzzle que ninguém tem peças. Fiz cenários que ninguém gostou. Criei ilusões que ninguém partilhou. Sonhei sensações e vivia-as sozinha em ruas cheias de gente e em cantos desertos. Descobri forças que desconhecia, traições disfarçadas com um sorriso e um olhar inocente. Mãos entrelaçadas ao sabor do vento escorregavam sem saber. Beijos que já não sabiam a saudade. Olhares que já não se cruzavam e diziam adeus e gritavam "o nosso fim chegou!". Palavras saturadas dos mesmos discursos, do mesmo perdão, da mesma diferença. E agora ... já não importa que já aqui não estejas ... já tinhas ido há já tanto tempo. Nunca nos tivemos de maneira a nos perdermos assim ... e foste da mesma maneira que apareceste só com a diferença que me mudaste. Deixaste tudo só para dizer que aqui estiveste. Os dias passaram e já nada resta senão pena de tudo que fizeste, das desilusões que criaste e a alegria de não teres ficado para me fazeres chorar. Fiz-nos feliz sozinha e foi essa a maior força que descobri e o maior erro que cometi. Libertei-te! Não és meu, nunca te conheci ... Construo castelos de areia sem me cansar. Sou varrida pelo mar. Construo mundos novos. Aprendo com as desilusões dos fracos. Desprezo quem não tem nada a ensinar. Questiono a sabedoria e o conhecimento. Dou valor as emoções. Não me perder em defesas. Não viver de fortalezas e fantasmas. Não viver no passado porque é o que melhor conheço e seria mais fácil assim. Não abraçar o desespero, a carência, o sonho ou o fracasso. Esperar a impulsividade, o arrebatador, o coração, as palavras do amor, as loucuras, o desejo, a vontade, a ansiedade ... esperar a paixão de novo ... como um dia esperei por ti!...


sábado, outubro 07, 2006

The time behind our back

Anonimous diz:
não precisa ser hoje!


Anonimous diz:
um dia destes;

Anonimous diz:
quando quiseres.

Anonimous diz:
ciao.

K e l l e diz:
não, foi ontem!

Anonimous diz:
para mim o hoje é quase amanha ...

K e l l e diz:
... para mim o hoje já devia ter sido ontem ...

Just sing me a song 'cause i have "the map of the piano"

... e porque todas as histórias da nossa vida deveriam ser contadas com música! ... e porque não?


terça-feira, outubro 03, 2006

Just To Keep the Spirit Alive

Let's stop and make soap bubbles