terça-feira, dezembro 26, 2006

O eu ...

"Só existe mentira quando a verdade é prometida.
E tu em cada palavra escrita prometes…, prometes e condenas…, condenas-me a liberdade."

“Começou por falar naquilo a que chamava o falado do eu, e das razões que começam por levar as pessoas a quererem abandonar o seu eu.
«Porque é que essa vozinha obstinada dentro das nossas cabeças nos atormenta dessa maneira?» disse ele, olhando à volta da mesa. « Não será por nos recordar que estamos vivos, a nossa mortalidade, as nossas almas individuais – a que, ao fim e ao cabo, temos demasiado medo de renunciar e no entanto são o nosso maior motivo de sofrimento? Mas não é muitas vezes a dor também uma forma privilegiada de tomarmos consciência do nosso próprio eu? É uma descoberta terrível a que fazemos em crianças que nada nem ninguém dói juntamente com a nossa boca escaldada ou joelhos esfolados, que as nossas dores e sofrimentos são só nossos. Mais terrível ainda é constatar, à medida que envelhecemos, que ninguém, por mais querido que nos seja, poderá alguma vez compreender-nos verdadeiramente. Os nossos eus fazem-nos terrivelmente infelizes, e é por isso que estamos sempre tão ansiosos por os largar, não acham?
[…] «E como é que nós podemos largar este nosso eu demencial, largá-lo completamente? Através do Amor? Sem dúvida, mas como o velho Céfalo um dia ouviu dizer a Sófocles, poucos de nós sabem como o amor é um mestre cruel e terrível. Uma pessoa perde-se em nome do outro, mas ao fazê-lo deixa-se subjugar pelo mais caprichoso de todos os deuses. Através da Guerra?
[…] «A morte é a mãe da beleza.»
«E o que é a beleza?»
«O terror.»
«E se a beleza é terror», «então, o que é o desejo?»
«Viver!» ... para sempre
Tudo o que achamos belo, faz-nos estremecer. E o que haverá de mais aterrador e de belo, para almas como as gregas e as nossas, do que perder totalmente o controlo? Livramo-nos dos grilhões do ser por instantes, estilhaçamos o acidente do nosso eu mortal?
[...] Nessa noite escrevi no meu diário: «Agora as árvores são esquizofrénicas e começam a perder o controlo, enraivecidas perante o choque das suas cores novas e pungentes
[de Outuno]. Alguém - Van Gogh, talvez? - disse que o laranja é a cor d insânia. A beleza é o terror. Queremos ser devorados por ela, escondermo-nos nesse fogo que refina.»"
Para ti ... onde perdura o teu eu ...
... que não é meu.
Só o amor nos compete.

"Um livro em branco é a maior lição."

Crash Moon Bang

Falas-me da Lua como se a conhecesses. Falas-me da Lua como se ela tivesses sido tua um dia. Falas-me da Lua como se a levasses contigo nos teus passeios com os teus fantasmas conquistados em mundos anteriores ao meu. Aprisionas-me em brilhos desconhecidos que ofuscam-me os olhos e me cegam a loucura que é estar contigo. Falas-me da Lua e abres-me a mão para o Universo que finges que conheces. Atiras-me aos Lobos da Solidão e esperas que me salve? Falas-me da Lua em tons de pintor que cria a obra-prima da sua vida para me fazeres ficar mais um minuto. Falas-me da Lua sem haver mais nenhum destino para me envolveres. Dás-me cheiros que desconheço e em tons de magia falta-me a coragem de partir. Falas-me da Lua como refúgio para nós. Porque não me levas já?! Falas-me de estrelas, de vaivéns de emoções que perduram no tempo ... mas que tempo conheces tu senão a negação da Lua em ser apenas tua? Serei eu o refúgio? A ligação a uma sonhada Lua só nossa que um dia foi tua e agora é ilusão. Terei eu o poder de a criar para ti e falar-te da Lua em notas de paixão ... de amor?

Serei Sol, Serei Lua, Serei Anjo, Serei Tua?!


domingo, dezembro 24, 2006

These days ...

There are days I hate being me,

Then I smile beacuse I'm not You

sexta-feira, dezembro 22, 2006

O dia eterno


Louva o eterno na nossa vida
que criou todas as coisas!
Na manhã da ressureição o mínimo é dado,
apenas as formas se perdem.
A estirpe gera a estirpe,
e alcança poderes crescentes;
a espécie gera a espécie
em milhões de anos
Mundos morrem e nascem.
Na alegria de viver, tu, a quem foi concedido
ser uma flor desta primavera,
goza um dia de honra do eterno
na condição de homem;
oferece o teu óbolo
até ao surgir do eterno,
respira num único e
imperceptível fôlego
o dia eterno!


Bjornstjerne Bjornson, Salmo II

Merry Christmas

Neste dia especial só desejo sorrisos ... desejo corações, beijos eternos de alegria ...
Neste dia especial quero sentir que não poderia estar mais feliz ... simplesmente assim ...
Obrigada a todos que sem pensar nos gestos ... fazem esboçar em mim o maior sorriso de criança ...

Feliz Natal

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Shadows of you

Walking around in shadows of my mind ... walking behind the steps you gave.
Finding you in my memories.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Cidade quem sois?


Viajei nas cidades da minha vida ... olhei-as de cima e .... atirei-me de cabeça!
Desconheco as identidades ... sou nelas o que elas são em mim:
paisagem, memória, abrigo ... tempo
Perdi-me na tradução e mergulhei.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Céu em tons de algodão doce e pipocas

A noite que passou trouxe-me um sonho … dormi mais para sonhar;
Sonhei que era um pesadelo … de manha ia acabar.
Sete lágrimas correram quando eu te abracei…

Podia jurar que tudo não passou de um sonho mal contado, que acordei apenas para te dizer adeus. Abri os olhos, vi-te em pequenino. Abracei-te como uma criança à espera de mimo. Eras meu. Tão frágil os olhos em que me olhaste. Inocente riso que me dedicaste ao espelho da alma. Conquistaste o sentimento de menina que afundei em tempos nas lágrimas do sofrimento chamado amor. Hoje acordei mulher. Não consigo voltar atrás. Estou fria. Choro apenas sete lágrimas. Fechei os olhos, vi-te em Homem. Beijei-te como alguém que esperava uma vida inteira por ti. Tão frágil os olhos que me olhaste. Continuas pequeno, continuas criança, continuas meu em pontos de lembrança. Dormi mais para sonhar. Nunca te perdi. Os olhos continuavam fechados em laços de momentos congelados. Pedi-te para nunca cresceres. Seres sempre criança comigo. Sermos sempre únicos um para o outro. Inocentes em todas as formas que as crianças podem ser. Correr sem razão porque a vida não tem de ser um jogo para ganhar. Sentir apenas que vale a pena. Dei-te a mão. Conhecemos as estrelas juntos. Demos-lhes o nome dos gatos e dos cães. Pintámos as nuvens de cor de rosa, apenas porque gosto de algodão doce. As nuvens foste tu que as desenhaste. Gostavas de pipocas. Elas são agora tufos de algodão em forma de pipocas. Desenhamos o mundo juntos. Ele é hoje o que o nosso passado pintou. Sei que vemos o céu juntos … mesmo já distante um do outro. Nesse sitio onde sei que tu já não estás. Paramos a meio das ruas e das esquinas, onde homens e mulheres já não se tocam como nós, e sei que observas o nosso céu. Sorris em esboço de caramelos que derretem na boca em dentes meio a abanar. Abri os olhos. Cresceste. Fechei-os de novo. Quis sonhar com a tua imagem. Com o cheiro a flores do caminho para a escola. Jogo às escondidas. Conto até dez. Abro os olhos. Sonhei demais … de manha ia acabar. Apenas sete lágrimas correram quando eu te abracei. De manha ia-te amar.

"Obrigada por esperares"

Sussurei baixinho em tons de caixinha de segredos.

Enterrei-a no chão!Desvendei a solidão.

domingo, dezembro 17, 2006

Cartas de amor


Escuro, quente, cheiros, memórias, desejos, paisagem, luz das ruas, lencois, almofadas .... almofadas que contam segredos da noite e do amanhecer .. segredos do rio, das pessoas, de ti e de mim. Quem és tu? Não te conheço!... Chamei por ti tantas e tantas vezes, aqueci sozinha o espirito da tua presença vazia. Aqueci a memória das minhas memórias que voaram com o sopro que deixaste na tua ausência. Suspiros de prazer, suspiros de saudade. Onde estás? Perdi-te no pensamento, encontrei-te no coração. Chamei por ti tantas e tantas vezes. Agora estou aqui. E tu? Fui guerreira, fui mil momentos tua, fui karma, fui fado, agora ... estou aqui. Lemos tantas histórias para nos encontrarmos nelas e esquecemos de escrever a nossa. Tentamos perceber o reflexo no espelho das palavras da vida que nos constroem. O tempo não espera por nós e a sua chegada são virgulas de ilusão na história da nossa vida. O tempo dá voltas e voltas para nos apanhar no seu ínicio, para dar sentido à nossa caminhada, para fazer-nos valorizar o nosso inicio ... para fazer-nos regressar, para nos fazer esquecer o voltar por voltar. Voltamos por voltar, regressamos porque queremos! Pedi-te o regresso, assisti à partida. Perdi-me no som das tuas palavras nos ecos dos meus ouvidos. Penetrei no coração de vontade, de desejo ... de inteligência. Aqueci a água, derreti o gelo. Chamei por ti tantas e tantas vezes. Estou aqui. Ergui cidades onde tu não viveste. Fui heroína, mas não me conheceste. O mundo não tem lugar para nós. Somos tão grandes. Maiores que o sonho de criança, de rezas inocentes em leitos de mães com cheiro a rosas. Vamos fugir ... ser maiores e mais altos que tudo. Sermos únicos! Estou farta de lutar em batalhas de nada. Esperar pelo tempo que não vem. Pelo amanha que já deveria ter chegado em forma de cartas de amor. A minha cabeceira não tem palavras escritas, a minha almofada só tem memórias, os meus lençois tem saudade, eu sou apenas alguém no meio do ontem e do amanha ... que nunca mais chega em cartas de amor.

sábado, dezembro 16, 2006

Pedaço de mundo


Porque no amanha seremos sempre diferentes do hoje; porque a esperança de sermos melhor arde onde nos habita a essência do ser genuíno; porque o amanha é sempre um começo à espera de acontecer ontem ... porque o eu e tu é sempre necessidade "de crescer para me salvar" ... para te salvar!
Saltemos muros, observemos cidades mortas que já ninguem quer, derrotemos fantasmas e trevas, águas esquecidas em batalhas de tempos perdidos, levantemos pedras onde já não existe chão, olhemos o céu de olhos fechados, sentir as brisas em camaras de vácuo ... encontremos o nosso reino e ele que nos conquiste a nós!
Um pedaço de mundo já é nosso!
Porquê? Porque sim ...

segunda-feira, dezembro 11, 2006

A ruína ... a paisagem

Pousada Santa Maria do Bouro, Arquitecto Eduardo Souto de Moura

«"A ruína deixa de ser arquitectura e passa a ser natureza”, uma “natureza corrigida”, através da preparação do presente com a percepção moderna da paisagem natural.»

In Anabela Correia

(já tens a tua citação :P)

sábado, dezembro 09, 2006

... como comove a poesia ...


"[...] um paralelismo misterioso entre poesia e arquitectura. [...] a arquitectura é definitivamente a conjugação de uns materiais como número. Estudar esses materiais, com umas dimensões, umas medidas, uns números precisos, uns espaços que devido as proporções estabelecidas atraves desses números, sejam capazes de comover o Homem [...] como comove a poesia."

Fix you ...


When you try your best but you don't succeed
When you get what you want but not what you need
When you feel so tired but you can't sleep
Stuck in reverse
And the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone but it goes to waste
Could it be worse?
Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you
And high up above or down below
When you're too in love to let it go
But if you never try you'll never know
Just what you're worth
And I will ... try to fix you

A menina que queria ser princesa ...



Era uma vez algures num espaco bem pequenino, vivia uma menina que sonhava ser princesa. Tudo o que conhecia era uma janela de inocência virada para tudo o que existia para além dela. Desenhava histórias de um mundo desfigurado. Queria ser grande, fazer o que as pessoas grandes fazem. Queria conhecer o mundo, viajar pelas terras de herois dos livros e viver aventuras longinquas dos reis e princesas ... a menina que queria ser mulher. Fechou os olhos e cresceu... As ruas nas terras dos heróis tornaram-se banais. As esquinas deixaram de mudar a imagem das ruas que deixaram de ser uma surpresa. As pessoas já não se conheciam e caminhavam já sem se tocarem rumo a direcções opostas ao sabor do vento. Construiu-se castelos de sonhos de amores impossiveis, de promessas escondidas e iludidas no tempo, de lágrimas que secaram um coração quente, de olhares desiludidos, de abraços de solidão.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Solidão em riscos no chão e sonhos coloridos no céu


"Como dizia o grandioso Rilke - Amor: duas solidões protegendo-se uma à outra. Pois ... é um problema quando já não precisamos de protecção para a nossa solidão ... "

In anonimous


No final, como digo eu: Para que os nossos sonhos não sejam esquecidos pelas palavras de hoje e que o amanha nunca seja tarde demais para os realizarmos.


A nossa solidão precisa sempre de protecção para nunca perdermos o caminho do nosso coração ...

And why not?


A imagem da minha imagem


Pois eu olhei o espelho esta manhã, pois eu vi quem eu sou, sim! . . .
Vi-me, mas não me conheci;
Olhei, procurei, mas com certeza não me encontrei.
Interroguei-me: “será que morri?”
Pensei que não, os céus não conheci.
Então o que foi feito daquele reflexo misterioso que meu espelho me apresentou?
Quem era, de onde vinha, como se chamava?
Talvez o meu fundo a dizer-me que me deixou,
A mim já não me amava.
“Queria ser adulta” diz a imagem perdida.
Naquele espelho sem reflexo e molhado
Aquela imagem que sozinha grita,
Naquele mundo isolado.
Senti por momentos seu calor triste e vencido
Seu calor que não perdoa quem não lhe deixou amar.
Aquela imagem sem força num espelho perdido,
Da criança que quer deixar...
Quem a matou e a fez sofrer?
Terei sido eu? Terei sido tão cruel?
Não tinha razão de ser
Eu lhe ter sido tão infiel.

terça-feira, dezembro 05, 2006

O olhar sobre o que ficou


Olhar que deambula na vida,
sentimento que eleva.
Esta dor sentida,
que em tudo se pega.
O toque que me faz voar,
na noite da tua presença.
o choro que me faz amar,
a solidão da tua ausência.
Desejo fragmentado
num mar de magoa profundo.
Amor separado,
sem vida ... sem rumo.
Olhar que me fugiu,
que um dia me amou.
Que de mim desistiu,
e ao amor deixou.
Daria a eternidade,
no mar da minha tristeza,
pela felicidade,
da tua unica beleza ...
Serei sol ...
Serei lua ...
Serei anjo ...
Serei tua ...
Na pureza de um tempo,
na verdade de um coraçao,
nos braços do momento,
no consolo da solidão.
Olhar de esperança,
que me apagou da verdade.
Olhar de criança,
que morreu de felicidade.
Fui tua ... sem parar,
Desejando a loucura de te ter.
Fui tua ... sem pensar,
em algum dia te perder!
Escondo-me no tempo,
na mentira de não chorar.
Esperança que dói por dentro,
de esperar para te amar.

domingo, novembro 26, 2006

A minha vez em Português

Há mil e um segredos que ainda não sei,
de mil e uma histórias que ainda não ouvi.
Mil palavras que não falei,
de gestos que não senti.
Procurei as receitas do poder de te fazer ficar.
Ser maior que eu no desejo que nasce por dentro.
Mais uma vez esquecer e amar.
Pedir minutos eternos levados pelo vento.
O tempo passou, fez parte de mim.
Na memória ficou, traçados sem fim.
Fui mais que ao que queria ... escondi e procurei.
Senti falta de magia, em nada eu mudei.
Palavras soltas em tons de solidão.
Esperar por quem não ama de vez.
Composições escritas de encher o coração,
a quem não nos ama em português.

sábado, novembro 25, 2006

quinta-feira, novembro 23, 2006

Someone out there?!


Is there any man in the room that is available to love?
Aren't you?

terça-feira, novembro 21, 2006

Da janela ... eu espero para entrar no mundo.

" Alphaville" - Jean - Luc Godard, 1965 Anna Karina Paul Eluard Ph. Georges Pierre
Hoje ... mais um dia de emoções. Dei conta que ando mesma passada da cabeça e peço desculpas as pessoas á minha volta. Juro que não é por mal. A boa notícia é que o dinheiro do portátil será depositado na conta dentro de 5 a 7 dias e finalmente vou poder adiantar trabalho ou ficar mais descansada. Não pensei que mandar o bicho para arranjar me tivesse a dar tantos problemas e me tivesse causado tanta porcaria. Finalmente a situação irá se resolver e eu ainda nem cai em mim que está quase tudo a chegar ao fim de forma controlada. A verdade é que apetece-me fechar-me no meu mundo, olhar pela janela, criar mil e uma histórias seja de fantasia ou reais, e esquecer tudo. Quero apenas sentir o frio lá fora e na minha mantinha do sofá observar tudo à minha volta. Quando tiver preparada para entrar em força eu estarei lá ... para te apoiar, para te salvar do teu dia-a-dia, para salvar entretanto o meu!...

La Douleur Exquise

Um jantar formal, cheio de gente que não conhecemos e queremos logo agradar, que fingimos já conhecer de longa data, que fazemos juízos ou dizemos umas coisas giras para darmos uma de inteligentes ... daqueles em que nos obriga a comer com a faca, o garfo, a colher, a faca da carne e do peixe, o garfo da salada e da carne ... cheio de coisas estúpidas quando apenas temos fome e desejamos comer e acabar com aquele ritual desnecessário. De repente deixarmos cair um pedaço de comida na alcatifa e fingirmos que não vimos e escondermos com o sapato, entornar água na borda do copo porque a garrafa estava cheia demais, engasgarmo-nos sem contar e, pior ... termos vontade de coçar o pé mesmo no meio e não dar!... é aí q vem a dor esquesita ... aquela dor que não sabemos explicar e que aparece quando menos precisamos dela. Esta é a história da minha Douleur Exquise ... aquela que por mais palavras que escreva em papéis soltos para alguém encontrar ou a pesquise no google (e parece que se encontra de tudo lá) não encontro a solução para ela. Fiquei perdida na minha Douleur Exquise. Não consigo explicar uma infinidade de coisas que acontecem ... e o pior é sentir-me feliz se não as tivesse que entender e deixar-me na ingenuidade dela contigo, mas torna-se difícil quando no corredor existem só duas pessoas e nenhuma diz olá ... ou uma diz "quero estar contigo" e a outra não responde e acena um adeus com o seu olhar de três mil pés de profundidade. A minha Douleur Exquise começa onde começou muitas outras, vindas do nada e a acabar com tudo. Começa quando fugimos sozinhos para a imaginada tentação do romeu e julieta; quando as palavras prendem quando se cruzam com as tuas e não saem. Querem-te calar e não conseguem ... são tao pequenas, sem hipótese. És uma trincheira numa batalha perdida, numa guerra que já não existe, e eu ali ... sou só eu ... aquela que não conheces ... que evitas conhecer. Tento perceber as mil razões para os jogos que se fazem na minha cabeca, os desejos, as loucuras, as surpresas, o querer, o irracional ... e nada aparece para me salvar. Nem mesmo tu ... fugiste não comigo, mas de mim! Foste para um lugar só teu. Feriste o meu orgulho, a minha frieza construída e os meus castelos para te isolares sozinho com os teus fantasmas e seres feliz assim ... sem eu estar por perto. Fizeste da tua verdade apenas a única hipótese válida e a olhar de fisgada para a minha, riscaste o papel que te dei sem nunca o leres. Abri-te o meu castelo sem nunca me ter permitido isso ... e apenas me deixaste esta "Douleur Exquise" de menina mulher que não conquistou por pensar que estava a ser conquistada; por ser naive demais, por "já ninguem se apaixonar de verdade. Já ninguém querer viver um amor impossível. Já ninguém aceitar amar sem uma razão.". Já ninguém aceita a Douleur Exquise de borboletas no estômago que ninguém acredita que podem voar dentro de nós e nos elevar com elas!... É essa dor que não quero conhecer por vivê-la sozinha e que não permiti que me consumisse por inteiro e, ser estranha ... estranha ao meu mundo solitário que aprendi a viver sem nunca te dar permissão para nele entrares e fazeres-me ver que ainda e possível ... de novo, mas sozinha ... e essa dor eu já conheço... e é apenas minha!

"Samantha: Men do this all the time. Women walk around thinking "we," and their version of "we" is "me"... and my dick!"

segunda-feira, novembro 20, 2006

"MacBook Pro" Ilusão ou Evidência?


Recentes notícias informaram-me que o meu rico bichinho Hp Pavilion está extremamente complicado de reparar devido à sua pecinha maravilha, denominada Motherboard, não se encontrar disponível em lado nenhum. Por consequência, e andando eu super stressada porque não ando a render trabalho nem para mim nem para ninguém do meu grupo de projecto e afins, foi-me sugerida, e de longe negada, a devolução do dinheiro do meu equipamento para aquisição posterior de outro laptop. Assim já ando mais animada, apesar de este tipo de burocracias demorarem o seu tempo a estarem resolvidas, já antecipei o meu pensamento para uma possível próxima compra de equipamento. Assim sendo dou-me por rendida à comunidade da MacBook. Agora com a nova tecnologia da Intel Core Duo, a admissão de minha pessoa ao pequeno e formozinho aparelho está mais perto do que previa. O autocad deixará de ser uma total preocupação. Ainda não posso confirmar nada porque apenas penso nisso quando o dinheirinho estiver na minha conta bancária e eu estiver a caminhar para a loja para efectuar a compra. Não há palavras que possam colmatar o trabalho que não tenho conseguido fazer e que possivelmente está a preocupar muita gente e, pior, a coloca-las numa situação nervosa. Não espero milagres de Nossa Senhora para me fazerem o trabalho por mim, mas agradeço e peço a compreensão de todas as pessoas pelas quais tenho faltado ao trabalho e que têm trabalhado o dobro para colmatar a inexistência do meu. Desculpas é tudo o que por agora me resta. Espero em breve conseguir acompanhar tudo o que se tem passado à minha volta e nisto ... "Espero a tua vinda MacBook Pro"

quinta-feira, novembro 16, 2006

Isto é para ti ... Menina Mulher, meu pássaro azul!

Adorei o final do teu comentário Xana. É verdade, é lindo, inocente, talvez com alguma dor, pena, tristeza ou lembrança de como os sonhos de princesas nem sempre se tornam a realidade das rainhas. Apesar de na altura ter sido o que foi, desejos demasiado puristas de criança, sem eles não teria sido possível o conhecimento do hoje e é isso que torna tudo especial e sobretudo intemporal para sempre ... com a tua frase termino porque faço delas as minhas palavras sinceras ... e tudo irá mudar para nós ... por nós ... Um beijo do fundo onde sei que existe o meu ser!

[...] ai se nós soubessemos na altura o que sabemos hoje ... não teriamos dito nem feito tantos disparates ... [...]
Projecto-me para a areia;
Pró azul do mar.
Transbordo de saudade e de histórias para contar.
Devoro a viagem com a pressa para chegar.
Desfoco a tua imagem nos olhos a chorar.
Ai se eu pudesse andar para trás.
Queria aquele amor fugaz.
Queria mais… um minuto de prazer ...
[...] Converto o dia a dia num minuto de prazer [...]
A noite que passou trouxe-me um sonho.
Dormi mais para sonhar.
Sonhei que era um pesadelo,
De manha ia acabar.
Conheci o teu sorriso
Porque me está no coração
Corri logo ao teu encontro e ao estender-te a minha mão;
Sete lágrimas correram,
quando eu te abracei.
E ao tocar no teu cabelo ...
eu imaginei que amanhã ao acordar....
Tu irás voltar.
Meu pássaro azul.
Tu irás voltar!
E corremos mundo fora
Toda a noite a brincar.
E era eu quem se escondia
e tu eras a encontrar.
Sete lágrimas correram ,
quando eu te abracei.
E ao tocar no teu cabelo ...
eu imaginei que amanha ao acordar ...
Tu irás voltar!
Meu pássaro azul ...

Man and Flys or Fly away Men

Homem : s. m.,
animal mamífero, bípede, bímano, racional e sociável que, pela sua inteligência e pelo dom da palavra, entre outros aspectos, se distingue dos outros seres organizados;
pessoa adulta do sexo masculino;
varão;
Mosca : s. f., Zool.,
género de insectos dípteros, que tem por tipo a mosca vulgar;
fig.,
pessoa importuna;
criatura que aparece nas casas de pessoas conhecidas à hora das refeições, para ser convidada;

Agora vem o real significado do Homem-Mosca. Pois é amiguinhos. Isto é complicado! Podiamos começar em fazer associações lógicas entre o homem (com H pequeno, sim o homem que nós conhecemos. Esse mesmo!Tu aí!) e o insecto.
Começavamos com um animal mamífero, racional, "entre outros aspectos" (que vamos lá saber ... pouco são os que existem e são credíveis), fundido num insecto que julga que com as asas que tem chega ao fim dos mundos (e que é muito macho), que é bonito, que está sempre a coçar a cabeça (notam aqui já algumas semelhanças?), que faz zum zum aos nossos ouvidos (talvez julgando que tem um discurso prometedor e meloso) e que pensa que poisa em qualquer merda e que estará sempre a cheirar bem.
O homem-mosca é como qualquer outro homem que nos encontra na rua e nos faz sonhar que podemos voar com ele. É mentira! Nem pensem em querer voar naquelas asas lamacentas e oleosas! Pensem na beleza das borboletas, no poder das suas asas. Pensem que a mosca é uma pessoa importuna, indesejável e que o homem é apenas aquele que pensa que é racional e inteligente para fazer o zum zum certo, mas mentiroso, aos nossos ouvidos de princesa ... de rainha!
Somos abelhas!

Abelhas: s. f., Zool.,
insecto himenóptero que produz o mel e a cera;
nome de constelação (grafado com inicial maiúscula);
fig.,
mulher astuta e activa;
emblema indicativo do trabalho.
- de ouro: recompensa concedida por algumas sociedades literárias ou científicas;
- -flor: nome de uma orquídea.

Ora aqui é que vem o nosso papel de mulher. Isto para já não é terreno merdoso para qualquer homem-mosca pensar que pode pisar assim. E mesmo que algum erradamente nos pise por descuido nosso, provavelmente de termos sido inocentemente enganadas, façam com que ele nunca esqueça o acontecimento para que a próxima flor que ele pise emane um cheiro descomunal que o faça sentir o mais repulsivo possível à sua próxima Floribela. E como quem põe o mel somos nós! Quem é uma flor com carácter somos nós (orquídea divinal)! E quem é astuta somos evidentemente Nós: revolucionemos isto! Ao homem-mosca, deixamo-lo na sua ilusória existência insignificante, e façamos das nossas asas de abelha a nossa única forma perfeita de voar!

p.s. E se algum dia tivermos de voar acompanhadas, que seja com um rouxinol, ouvi dizer que canta muito bem e anima a malta! Melhor que Zum Zum não?

quarta-feira, novembro 15, 2006

E estas linhas que hoje escrevo são do livro da minha memória ...

Hoje eu vou ficar por aqui
Não esperes por mim
Eu já te dei mais do que eu sei.
Eu já fui, já andei.
Não esperes por mim.
E tudo o que eu queria,
Um tempo para mim.
Sabes bem que é inútil mudar.
Que o tempo faz parte de mim.
Eu gostava de ser como tu;
Não ter asas e poder voar
Ter o céu como fundo, ir ao fim do mundo e voltar...
O primeiro impulso é sempre mais justo, é mais verdadeiro...
E o primeiro susto dá voltas e voltas na volta redonda de um beijo profundo...
Afinal o sol também é meu!

Quero o raio que só ele me prometeu!
A vida há-de ser qualquer coisa,
maior que esta coisa assim.
Maior que este andar a correr,
Sem parar, sem destino.
Distante de tudo, ausente de mim;
Maior e bem melhor e mais serena,
Do que esta coisa pouca e tão pequena.
Esta coisa nem é vida,
Andar para aqui aos papéis!


in Lyrics André Sardet

terça-feira, novembro 14, 2006

Arte Contemporânea


Bem, hoje ando a meio gaz. Julgo que não estou para muita escrita, mas ainda dá para relatar aqui uma saída que tive hoje pela tardinha. Já ao tempo que não tava com o señorzinho Pelota! Confesso que já tava com saudades. O nosso destino inicial deveria ser a exposição do Star Wars no museu da electricidade, mas com o preço acrescido de 10 euros, resolvemos virar-nos para o lado oposto da cidade de Lisboa e ir até ao Parque das Nações ver na FIL um espóliozito de arte contemporânea. Em resumo seria um encontro de galerias, pelo o que me apercebi mundiais (vi lá o México representado), de arte meio estranha, contemporânea como dizem os artistas, com umas coisas meio sexuais e muitos pénis à mistura. Ninguém diria tratando-se de uma arte meio contemporânea não é?!... Bom, então lá fomos nós os dois na nossa vidinha até ao dito lugar. Encontrei a Diana à porta. "Ah! Trabalho aqui em part-time!" e ... pimba dá-me ai umas entradas grátis e faz-me de importante! Lá entramos nós por ali adentro como se a arte fossemos nós existirmos e estarmos ali ... apenas ali ... claro que me esqueci que entre uma pseudo modelo arquitecta de meia tigela e um dj com cartazes a anunciar no metro ... o Sr André, Señorzinho Pelota (que hoje descubri o porque desse nome, mas não vou desvendar ... apenas tem a ver com maré e sol quente.), acabaria por perder o combate de reconhecimento em público. Em metros de exposição paravamos umas quantas vezes porque o gajo conhece meio mundo. Enfim, tirou-me várias vezes o direito de antena, mas não me importei porque ele chamou-me púdica e eu sei que sou estrela mundial! heheheh de qualquer maneira fica aqui o registo "André, se me estás a ouvir, és um querido!" Se eu andasse por lá nua a mostrar o meu rabo famoso de certeza que tinha tido mais fans, daí talvez não sei. Havia muita obra a fazer-me concorrÊncia. Bom. Vale a pena lá ir, se este não tivesse sido efectivamente o último dia em cena, por isso esperem pelo próximo ano. Eu por mim vou desligar isto e ver se durmo porque amanhã é dia de dentinho e anestesias. Vamos a ver como corre a cena. Boa arte para vocês e não se esqueçam ... existir é Obra!

Assinado: Mulhé dos Sete Ofícios (como diz a Sara)

Anyone that knows like I do ...

Anyone who have a love close to this,
Knows what Im saying.
Anyone who wants a dream to come true,
Knows how Im feeling.
All I can think of is you and me,
Doing the things I wanna do.
All I imagine is heaven on earth,
I know its you ...
Anyone who ever kissed in the rain,
Knows the whole meaning.
Anyone who ever stood in the light,
Needs no explaining.
But everything more or less appears so meaningless,
Blue and cold.
Walking alone through the afternoon traffic,
I miss you so ...
Anyone who felt like I do,
Anyone who wasnt ready to fall ...
Anyone who loved like I do,
Knows it never really happens at all ...
Its over when its over.
What can I do about it?!
Now that its over,
Everything more or less is looking so meaningless,
And fades to grey ...
Lying awake in an ocean of teardrops,
I float away.
Its over when its over.
What can I do about it?!
Now that its over ...

domingo, novembro 12, 2006

Yesterday was a Lie

Pensei em sugos de Morango ... Isto é para ti ...
And you don't know me
(Black ice) inside me
It's nothing so different
Don't close the door
I'm not asking for more
I've gotta give my life to you
In just one second that was true
Keep me feelin' so (rebuked)
You know why yesterday was a lie
And even when you're sad, I walk away
And even when you're happy, I stay
Did I sell my soul for this feeling, so long ago?
Did I give my heart for that waste of time?
I'm not asking for much,
Don't hide me, and you wonder (why I hide)
Did I sell my soul for that feeling?
You know why yesterday was a lie
I can't keep thinking
I was right
Don't go....

Lisa & Alex ... Me & You

Last image not allowed - Gestapo caught me


[...] Lisa conheceu Alex numa festa de Natal do escritório e deram-se muito bem. (não foi numa festa, mas demo-nos bem logo na primeira palavra.) Ele ficou com o número dela e disse que ligaria no dia seguinte. (ainda demorou um pouco, mas foste tu que "não sei bem para quê, usa-o com cuidado") Bem, fê-lo mesmo, e ao fim de dez dias conseguiram-se ver-se - nenhum deles estava a fazer-se difícil ou a arranjar desculpas, mas as férias de Natal tinham atrapalhado. (não foram as férias, talvez mais a distância, mas depois lá se conseguiu.) Tiveram uma noite bastante agradável. (vi o mar e voei .. e fiz-te voar comigo.) Ficaram felizes por se voltar a ver e deixaram-no bem claro. A conversa fluiu como o champanhe que beberam. (foram mais morangos ... sugos!) Ficaram juntos até bastante tarde, gostando realmente de se conhecer. (Tarde é favor ... a noite passou para dia em questão de segundos.) Descobriram muitos interesses em comum - livros, música, filmes. Ao despedirem-se, finalmente, deram um óptimo beijo prometedor. ("amanha fico contigo") Alex disse que ligaria a Lisa no dia seguinte e cumpriu. Mas soou esquesito e inventou uma desculpa para não a poder ver durante uns tempos. (escusado será tentar relembrar o cenário) Disse que tentaria ligar-lhe dentro de aproximadamente uma semana. E depois, advinhem? Nunca mais voltou a telefonar. Lisa ficou bastante ofendida e desapontada. Ligou a uma amiga a queixar-se, e esta aproveitou para a lembrar das várias vezes que a mesma coisa já lhe acontecera - a primeira saída perfeita, o encantador beijo de boas noites, seguidos de ... nada! Parecia inexplicável. Lisa e Alex simpatizaram um com o outro: toda a energia e entusiasmo certos estiveram presentes. E depois Alex limitou-se a desaparecer. Mas por muito que Lisa quisesse saber porquê, não podia pedir uma explicação. Fora apenas um primeiro encontro; (foi apenas um primeiro encontro ... de nada!) Alex não lhe devia nada. (nunca me deveste nada ... porque nunca tive nada teu!) Há várias razões para o súbito desaparecimento de Alex. Uma ex-namorada pode ter reaparecido inesperadamente na sua vida. (é isso ...) Ele pode ter ficado nervoso precisamente pelo facto de o primeiro encontro ter corrido tão bem. Pode ter decidido que não estava nada pronto para um relacionamento. (Também é isso ... ) Mas fosse qual fosse, Lisa nunca o saberá. (Eu soube ... que não deveria sequer saber) Não podia massacrar-se por causa disso - fizera tudo o que pudera - e tinha de o esquecer porque embora houvesse reciprocidade no encontro, ela desaparecera com Alex. (desaparecera contigo ... ) Sei que é dificil quando um homem nos faz gostar dele. (é dificil como a merda) Custa bastante a cortar esse afecto pela raíz. Mas a reciprocidade desaparecera .... [...] E foi assim... que te foste!

In Amor e Sedução segundo Jane Austen
Lauren Henderson

How can I say this?! ... Miss your touch ... Miss your Words ... Miss you here!
"No money, no love!" No Love with distance ...

quarta-feira, novembro 08, 2006

Increasing Bad Words

Após meia hora aqui na sala Universia (para quem não sabe é uma sala horrível com computadores arcaicos), a tentar abrir o autocad e sem grande sucesso, dou por mim a pensar que estou mesmo chateada. Recebo hoje um telefonema da Hp numa tentativa de me subornar com produtos da marca e segundo eles "para me compensar o tempo de espera", que ainda se verifica, do meu querido portable laptop. Com isto, e depois de 1001 uma cartas de reclamações, ficou dito que talvez para a semana ja ca esteja o bicho porque, segundo eles, ainda aguardam que uma peça de hardware, que tem por designação "motherboard", venha do Reino Unido. A questão que se coloca é que julgo que numa tentativa de apressar todo este processo que me vem a alterar o meu humor diário, é que mais vale comprar a dita "tábua-mãe" e voar num low cost flight para o United Kingdom e colocar eu mesma a peça no meu laptop de merda. Enfim ... acho que ao contrário do Gato Fedorento, em que a personagem fica meio panilas quando fala inglês, eu, por contrário, quando menciono estrangeirismo de Vossa Majestade, viro vulcão em erupção. Começo a sentir o bichinho da inutilidade laboral. Não consigo fazer nada de jeito, porque também não faço nada. Enfim .... só para avisar a todas as pessoas que tiverem comigo hoje que, ou me dão mimos e acariciam a fera que há em mim ou é melhor nem ligarem aos palavrões que hoje de mim vão voar! E é com uma foto de cara de trabalho à espera de autocarro que eu acabo o post de hoje .... e porque amanha à mais: Um beijo e Bom Trabalho nos vossos LAPTOP!

Expocasamento Press Photo

A pedido de muitas boas famílias aqui fica as fotos da expocasamento em Penafiel neste último fim de semana. Muitas caretas, algumas confusões e mal entendidos, mas o saldo final foi positivo, quanto muito pela experiência e pelo conhecimento que "quanto mais conheço o mundo da moda, mais contente estou por ser aspirante a arquitecta!"
Para os mais curiosos aqui fica o site oficial: http://www.expocasamento.net/

sexta-feira, novembro 03, 2006

Sapatos Brancos e Vestidos de Noiva


Caso estranhem a pouca actualização deste fim de semana, tenho um anounce a fazer:
Ora, como sabem sou de poucos exibicionismos e de pouco papelão, por esse motivo este fim de semana decidi optar por uma cerimónia mais intimista no que toca à união de laços. A cerimónia decorre na Expo casamento em Penafiel e é uma chance única de ver a Raquelita de sapatos brancos e vestido de noiva. Bem sei que não é nada de especial, já sem falar que também hà um showzinho de lingerie adicional, mas sempre é qualquer coisinha! A verdade é que se vocês esperam croquetes ou rissois de camarão podem engolir a baba porque com a mensalidade que me é atribuída a cerimónia não se pode dar a grandes luxos. Isto resumidamente é para dizer que quem quiser vir assistir a um desfile, de noivas e debuchadas ao que parece, ... espero que seja bem vindo dia 4 e 5 de Novembro no respectivo local.
P.S. Julgo que seja a pagar ... mas n tenho a certeza da quantia. Mas se trouxerem um cheque brinde da singer ou inclusivé uma torradeirazita como presente pode ser que ainda se arranje algum freepass.
P.S. Se vierem não armem estrilho. Não vos conheço!

quinta-feira, novembro 02, 2006

Recordando Halloween



Neste dia/noite a boca da Raquel foi a Lisboa e voltou, segundo o Hugo ... não pelos motivos que vocês possam pensar, mas é mesmo porque falo muito e ... fiz de conta que sou palhacinha! Apesar de tudo ... o jantar está registado e aqui fica a possível risada! ....
P.S. A careta de prato na mão era só porque eu já não podia ouvir a mesa feminista bebada do lado.
P.S.1 Advinha da noite : "O que é um chapéu de bruxa mais um isqueiro?! Uma Tocha Olímpica!"
P.S.2 Caso Verídico da noite : " [...] e era eu às três da manha a desenrrolar folhas de projecto e ouço do quarto ao lado: - ' Shiuuuuu' " What the fuck!@@@

terça-feira, outubro 31, 2006

Onde tu estás ....


O tempo já não nos leva ... O tempo já não é meu ... não é nosso, nunca foi. Venho apagar o que ficou ... o que restou e o que se perdeu. Onde?... algures onde tu estás.

segunda-feira, outubro 30, 2006

As palavras que sempre te direi e ... porque ás vezes também chove ...

"Estava aqui sentada na minha cadeira, que por vezes julgo que comanda o mundo, e apeteceu-me escrever-te.
Lembrei-me dos mails que às vezes trocavamos por puros desencontros e vontades que se tentavam acalmar pelas palavras virtuais. Devia ter prolongado momentos assim. Eram simplesmente deliciosos. Discursos até altas horas. Mensagens codificadas em mistérios de conhecimento. Deixares-me recados na minha página. Leitura obrigatória. Ainda o fazes? Ainda te vicias no que eu escrevo? Parecia uma cereja no topo da melhor sobremesa de um casamento ou de um baptizado. Talvez fosse uma refeição dos deuses. Um prato colocado entre Zeus e Afrodite. Olhares cruzados no meio de uma azafama de uma sala cheia de loucura e o silêncio de duas pessoas. Deixo-te ser Zeus se me deixares ser Afrodite!
Reli-te vezes sem conta. Tentei perceber o porquê da quebra do mistério e o começo de questões. Queria aquela excitação ... o conhecimento esvaneceu-se?! Com tanta sede... agora somos "incompatibles". Tinha já tantos pontos à maneira de Hiládio Climaco que não pensei numa derrota assim. É verdade. Não se pode obrigar a ver quem não quer. Mas daí talvez ninguém saiba o que se quer OU quem afinal reside o poder de saber o que é o certo e o errado? Isto faz-me lembrar a Alegoria da Caverna de Platão. O maior texto jamais escrito. Irredubitavelmente o texto mais actual de sempre. É irónico nele estar Sócrates... tantas vezes por nós falado. Ele aparece sempre nos discursos. Presumo que conheças a história...

"Sócrates - Considera agora o que lhes acontecerá, naturalmente, se forem libertados das suas cadeias e curados da sua ignorância. Que se liberte um desses prisioneiros, que seja ele obrigado a endireitar-se imediatamente, a voltar o pescoço, a caminhar, a erguer os olhos para a luz: ao fazer todos estes movimentos sofrerá, e o deslumbramento impedi-lo-á de distinguir os objetos de que antes via as sombras. Que achas que responderá se alguém lhe vier dizer que não viu até então senão fantasmas, mas que agora, mais perto da realidade e voltado para objetos mais reais, vê com mais justeza? Se, enfim, mostrando-lhe cada uma das coisas que passam, o obrigar, à força de perguntas, a dizer o que é? Não achas que ficará embaraçado e que as sombras que via outrora lhe parecerão mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora?

Glauco - Muito mais verdadeiras."

Talvez tivesse sido assim. Vimos sombras erradas um do outro. Talvez agora, que com mais justeza olhamos à realidade, se descubra que não era o que pensávamos ser. Ou ... Talvez tivessemos sido consumidos pela aparência das coisas que nos aconteceram e depois de termos sido libertados e, após saciar a sede do desconhecido e do enigmático, já se pense que nada mais há descobrir e a fantasia das sombras, outrora mistificada e devotada, se tenha apagado. E mesmo que depois de libertado de todo esse mundo por nós criado, como que flutuado em nuvens de algodão e morangos, eu voltasse e te sussurra-se ao ouvido para acreditares em mim ... dares-me a tua mão e voares comigo sem destino e conhecer o mundo onde reside a essência de cada um de nós e abrir-te um desafio?! Quererás libertar-te das sombras por nós criadas? Desejarás manter-te à margem de tudo na incompatibilidade do teu racional? Ou desejarás fazer aquele risco no chão e eu ir contigo?... Desejarás o burro e as três cenouras?!
A escolha ainda reside em nós. A liberdade também ... Sim! Fiz nós no pensamento ...
Se calhar esperava mais magia. Se calhar esperava mais nome, ... menos apelido?! Mais poeta, ... menos arquitecto! Mais gestos, .... menos decisões. Mais voos, ... menos caminhadas. Deixei-me guiar inocentemente, talvez de forma infantil, nas palavras e nas sensações, que talvez sozinha fui criando. Guiei-me nas gotas de chuva. Nas tuas gotas de chuva pelo meu ombro.Tentei não me (des)iludir ... e esqueci-me que podia desiludir os outros. Esqueci o reverso de uma moeda que não podia controlar a queda e controlar o seu destino. Esperei menos coisas banais, mais impulsividade e diferença. Esperei recordações maiores. Mais perenes! Esperei convites absurdos.
Lembro as voltas na rotunda. Tinhas razão. Algum dia haveria-me lembrar do disparate de andarmos ali as voltas. O vaguear no nada, a ver tudo.
Menti-te!... houve alturas que estava nervosa como o raio! Senti borbuletas no estômago! ... senti-me bonita, especial ... divina. Conheci mais de ti ali naquele momento, mais que ao que pensei e que ao que viria a conhecer nos dias seguintes. Depois ter ouvido chover naquele sofa. As conversas ...
É incompativel. Tens razão! É incompatível pensar nestas coisas todas e não saber o que aconteceu a seguir! Somos incompatíveis darmo-nos tão bem nas palavras, nos gestos, nos voos, nos pensamentos, nas vontades sem destino, nos olhares, nas carícias, na beleza, na profissão, nos conhecimentos, no aprender e no ensinar. Sim, somos incompatíveis por sentirmos e nos mentirmos que somos compatíveis. Desenhaste a linha... e fui contigo! Fechei os olhos e levaste-me. Afoguei-me naquele mar escuro ... não sei nadar. Confiei no momento.
Não sei conquistar! Não te sei conquistar ... Já não sei jogar esse jogo. Desisti.

"Sentir que te conheço, mais que o que penso saber e ser incapaz de te conquistar ... Sentir que te conheço, mas que não consigo dizer-te para ficares ...
Sentir que te reconheci no meio de muitos e não sei explicar o porquê, mas que é em ti que reside o poder de voltar!"

Tenho medo de não o ganhar contigo.

"E se uma só palavra fosse capaz de te abandonar o mal? E se um beijo te fizesse esquecer de que tens medo do escuro e te permitisse sentir as coisas com verdade? E se os anjos de asas brilhantes e os demónios de cornos e cauda não passassem de mentiras e apenas existissem pessoas, pessoas, com coisas boas e más, qualidades e virtudes, mas cm luz, com individualismo, com liberdade, com verdade, com capacidade de rir e de amar, de sonhar e de caminhar? E se tu fosses apenas uma delas, apesar de o negares? Tenho um desafio para ti que quero ganhar contigo. Como posso deixar-me vencer pelo teu passado superior? Como posso eu apagar-te do teu passado e conquistar o teu presente com o meu?! "

As questões foram lançadas. Até tive receio das lançar! Respondeste!...
Fui parva! Eu sei ... A última coisa que queria é que a magia fosse pressão ou um ultimatum inconsciente. Estava atordoada, deliciada com a verdade de coisas inocentes. Desculpa! Pensei que fosse recíproco ... o poder das palavras, das noites na conversa em meio mas ...deixaram-me solta de preocupações e tudo se residiu em vontades do "never ending". Fui ingénua pensar que se colam momentos e os tornamos eternos só porque existe um desejo ... uma sede: a minha e a tua. Agora olho para o teu bonequinho offline no messenger e questiono-me se estarás lá a ver-me a distância... a querer falar apenas comigo. Mas continuas offline... estarás lá? Apenas a observar-me? Sem vontade para me falares como dantes? Estarás efectivamente tão longe como eu penso que estás?! Estarás tu com saudade do que eu sou? E ... como poderias, se não me conheces?! ... se sabes que sou apenas isto, aquilo que escrevo; aquilo que tu vês quando olho para ti.
Fui céu, fui loucura e desejo ... e agora? desilusão?perdição? tentação? conveniência? passado? lamiré? .... incompatível como céu e mar, lua e sol. E sem compreender, dás-me coisas que me assustam, que me derretem. Poderá não ser nada, mas quero tentar ... fecho os olhos e voo de novo como um dia voei até ti, para (re)começar junto a ti .... talvez sem sucesso ... mas estendo-te a mão, traço-te uma linha e abro-te o chão... vens?!
e às vezes ... Também chove ...

'mais que um "acho" imaculado e "despite appearances [and differences], I like you, very much. Just as you are."'

Just me ...

Raquel "



domingo, outubro 29, 2006

Conclusão de começo de dia ... talvez de semana, mês ou ... ano


Este post foi tirado de um blog (http://afeiradasverdades.blogspot.com/) e faço destas as minhas palavras para hoje :

" Conclusão do dia:

A minha irmã mais nova (note-se que tem 6 anos) tem 3 namorados. O João, o Miguel e o Edmundo, que é pretinho, a criança mais bonita que eu já vi em toda a minha vida. Não, não estou a brincar: 3 namorados.
No entanto, eu e a minha irmã Maria, que tem 22 anos, não temos namorado nenhum. Não, não estou a brincar: 0 namorados.


E o que é que eu quero? A simplicidade perdida. Um homem decidido, que saiba o que quer, me encoste à parede e diga: porque sim, porque eu quero.

Farta de tótós!

sábado, outubro 28, 2006

The Neverending Story


Que posso eu acrescentar a este clássico de infância!? Simplesmente uma delícia!

sexta-feira, outubro 27, 2006

Sabrinas em poças de chuva ...

"You don't remember me but i remember you, I lie awake and try so hard not to think of you.
But who can decide what they dream? and dream i do..."
Anonymous diz:
vamos passear?
K e l l e - Memorias de uma Gaija diz:
onde?
Anonymous diz:
hum...
Anonymous diz:
apetecia-me:
pegar em ti,
meter-te no carro,
ir ver o mar escuro da noite;
devagar ao ritmo das palavras
escolhias tu a música
K e l l e - Memorias de uma Gaija diz:
tenho musica fixe!
Anonymous diz:
que queres ouvir?
K e l l e - Memorias de uma Gaija diz:
agora apetecia-me Llorca
Anonymous diz:
não queres saber onde te levo?
K e l l e - Memorias de uma Gaija diz:
quero ... mar escuro?!
Anonymous diz:
mas a costa prolonga-se ...
Anonymous diz:
deixas-te ir assim no carro?
sem destino?
K e l l e - Memorias de uma Gaija diz:
deixo ... é o que eu mais gosto
Anonymous diz:
vamos por aí ... quando começar a nascer o dia,
vamos apanhar morangos para comer ao pequeno almoço à beira mar.
Anonymous diz:
mas inventamos os nossos morangos ...
K e l l e - Memorias de uma Gaija diz:
tu fazes um desenho eu faço outro, tu ficas cm o meu e eu com o teu
K e l l e - Memorias de uma Gaija diz:
Deliciamo-nos!
Anonymous diz:
Sou estranho;
Anonymous diz:
Eu faço nós a mim próprio pura e simplesmente pelo prazer de ter de os desatar.
K e l l e - Memorias de uma Gaija diz:
e isso é estranho porque?
Anonymous diz:
Vivo em total harmonia e simplicidade.
raramente as coisas são complicadas para mim,
mas...
no entanto está sempre tudo bem baralhado.
é do género de baralhar;
desfazer;
para tornar a baralhar;
fazer um puzzle e desfazer;
para voltar a fazer ...
Anonymous diz:
quem queres encontrar?
K e l l e - Memorias de uma Gaija diz:
alguém...
Anonymous diz:
tas a tentar dar-me a volta! ... alguém não basta...
K e l l e - Memorias de uma Gaija diz:
Queres um texto d principes e princesas? De homem perfeito?!... já fiz mtos e não há... apaixonamo-nos por coisas que nem conhecíamos, e são essas que eu procuro. Não te posso descrever uma coisa que ainda não sei.

E alguém não bastou! Tinhas razão. Não existiu!
Fizeste puzzles e desfizeste ... mas não voltaste a fazê-los. Da simplicidade não viveste e do baralho foi tão fácil desistir como apanhar as cartas que deixaste cair e se espalharam pelo chão! e ... "You don't remember me but i remember you, I lie awake and try so hard not to think of you. But who can decide what they dream? and dream i do..."

quarta-feira, outubro 25, 2006

We Always Did Feel the Same

We Just Saw it From a Different Point of View

“Bridget: I mean, you seem to go out of your way ... to try to make me feel like a complete idiot… every time I see you, and you really needn't bother. I already feel like an idiot most of the time anyway.”

“Mark Darcy: I don't think you're an idiot at all. I mean, there are elements of the ridiculous about you. Your mother's pretty interesting. And you really are an appallingly bad public speaker. And, uhm, you tend to let whatever's in your head come out of your mouth without much consideration of the consequences... But the thing is, uhm, what I'm trying to say, very inarticulately, is that, uhm, in fact, perhaps despite appearances, I like you, very much. Just as you are.”

Just as I am … e pareceu tão dificil o meu “just as i am” para ti …
Criei nuvens de algodão… ansiedade de gulodice por conversas intermináveis ao sabor do tudo. Deliciei-me com as inteligências. Discutir assuntos a ouvir o mar, a sentir a chuva cair no rosto, o olhar de criança a descobrir a tua essência. Curiosidade nas histórias, embalar-me ao som da tua voz, de gritar por atenção. Meias, sabrinas e casacos. Quis parar o tempo naquele momento. No conhecimento do desconhecimento…. Mas não consegui. As horas passaram. Os momentos mudaram. Esgotou-se tudo?! Novamente?! A chuva deixou de cair, mas não havia lua … nem estrelas.

Ficou vazio.

Motivos (des)motivados ... Já aqui não estás! Não quiseste estar. Aventura sem continuidade. Aventureiros sem propósito. Caminho à chuva de novo. Volto ao início. Guia-me para voltar. Faz castelos de sonhos.

Onde me guardaste?! Não te vejo!

Tudo porque pensei que o “just as I am” era o mesmo que o “just as you are” to me […] We Always Did Feel the Same, We Just Saw it From a Different Point of View […] Rodou o tabuleiro. O vento levou o jogo. Ficaram os olhares, o desejo acalmado por entre frases feitas de bom senso que nada têm de romântico, de impulsividade ou vontade. A tua vontade é a mesma que a minha. Porque me sinto tão enganada quando me o negas?!

Quero borboletas no estômago! Quero ânsia de te ver. Arranjar-me para ti só porque não há mais ninguém. Elogios às minhas meias! Tentações em olhares. Beijos em semáforos. Encontros fora de horas porque custa passar a noite. Dizer olá sem razão. Dar passeios sem destino.

Surpresa!!

E … mais que um “acho” imaculado e “despite appearances [and differences], I like you, very much. Just as you are.”

E Tu?!

Onde me guardaste?! Levanta a pedra e .... Encontra-me!

terça-feira, outubro 24, 2006

Qui sont des anges?


Autour de moi ____________ All around me
Je ne vois pas ____
_________ I could not see
Qui sont des anges
____________ Who are the angels
Surement pas moi
_________ Surely not me
Encore une fois
______________ Once more again
Je suis cassee
___________ I am broken
Encore une fois
______________ Once more again
Je n'y crois pas
______________ I don't believe it

Senti(n)do d(o) Lugar?!

Flexibound, Cover from the book "Verb Natures", Actar Architecture

[...] Imagem do lago de Peter Zumthor, lança-se a pedra na água, a areia agita e volta a assentar, a terra encontra o seu lugar e o lago já não é o mesmo. [...] A acção do arquitecto não é um acto isolado ... altera o lugar e influi no equilíbrio.

[...] um paralelismo misterioso entre poesia e arquitectura. [...] a arquitectura é definitivamente a conjugação de uns materiais como número. Estudar esses materiais, com umas dimensões, umas medidas, uns números precisos, uns espaços que devido às proporções estabelecidas através desses números, sejam capazes de comover o Homem [...] como comove a poesia.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Do you know what it feels like for a girl to love?

Girls can wear jeans
And cut their hair short
Wear shirts and boots
'Cause it's OK to be a boy
But for a boy to look like a girl is degrading
'Cause you think that being a girl is degrading
But secretly you'd love to know what it's like
Wouldn't you?
What it feels like for a girl?
Silky smooth
Lips as sweet as candy,
Tight blue jeans
Skin that shows in patches
Strong inside but you don't know it
Good little girls they never show it
When you open up your mouth to speak
Could you be a little weak
Do you know what it feels like for a girl?
Do you know what it feels like in this world
For a girl?...
Hair that twirls on finger tips so gently,
Hands that rest on jutting hips repenting
Hurt that's not supposed to show
And tears that fall when no one knows
When you're trying hard to be your best
Could you be a little less...

quarta-feira, outubro 18, 2006

Chilling sofas and black ties

Find me between pillow fights.

Morangos em lápis de cera

O tempo não espera por nós, nós não queremos esperar pelo tempo; O tempo somos nós que o fazemos, nós somos o tempo, o infinito, o olhar, a permanência e o abandono. Somos o tempo na pleinitude das coisas, dos lugares, dos momentos. O tempo consome-nos, alimenta-nos e atira-nos de cabeça contra brisas e ventos, contra gotas e oceanos. Vagueie por aí contigo. Senti o cheiro que completava o teu andar. Penetrei a tua mente e afundei-me no olhar. Queria ter-te abraçado mais cedo, gritar aos céus as borbuletas no estômago que deixaste voar. Fiquei contente. Deliciada. Atordoada. Podia escrever mil e uma palavras que descrevessem o momento, mas ocorre-me apenas dizer-te num murmúrio ao ouvido : "Obrigada pelos morangos em lápis de cera".

sábado, outubro 14, 2006

Quero contar uma história ...

"I want to write you a story about men who melt after meeting me. They kiss me good-bye, then take two steps into a puddle of themselves. Many men. Oblivion. Again ... but theirs!"

Quero contar uma história. A história dos esquecimentos, das falsas interpretações e dos falsos discursos e desculpas, das relações humanas, dos interesses ...
Quero contar uma história. A história dos amores imaginários, dos que pensamos amigos verdadeiros, dos significados, da essência, do real e do sonho, das tentativas e fracassos ...
Quero contar uma história ...
A história do perdão, dos inícios e dos finais, do constante e dos impulsos ...
Quero contar uma história ... A história de uma data de tretas, sem qualquer sentido e tento perceber as palavras e desisto. Para dizer a verdade não é por nenhum motivo especial que escrevo isto, apenas me lembrei de muitos discursos habituais e das desculpas de sempre para quando uma relação, curta ou longa, acaba e o refúgio da consciência no habitual "just friends". É apenas uma história de mais uma desculpa que serve para nos enganar a nós próprios que, apesar de tudo vivido e perdoado, tudo será igual ao que era dantes e essa treta do ser amigos é apenas uma crença a soprar para o nada. A verdade é que as pessoas poucas são as vezes que se veem depois das coisas darem para o torto, poucas são as vezes que pensam uma na outra, desejam e partilham os mesmos interesses e o "quero ser só teu amigo" ataca-nos como uma lágrima derramada de pena e esquecimento numa aceitação forçada do "não quero gostar mais de ti por isso afasta-te" e do nunca mais voltarei a ver-te. Suavizamos o final com mentiras de um futuro "over the rainbow" e do "anything is lost". E é aqui que se começa a questionar as palavras usadas de forma banal do conceito de amigos e do conceito dos significados. Abrimos a boca ao vento para não nos culparmos do que fizemos e mentimos a nos próprios e aos outros acabando tudo por voltar à estrada que se percorria antes de dois caminhos se cruzarem por acidente. As pessoas vão e vêm ... mas onde está o significado e o respeito por isso quando elas vêm de forma mais apaixonada do que quando vão, e a sua ida é apenas um adeus sem compromisso de volta, de querer e de interesse?! Fugiu tudo da mesma maneira q surgiu. Fortes são aqueles que tentam novos desafios. Por mais que nos custe um final, é isso que no fundo nos pedimos : sermos amigos, mas sem mais demoras olhamos à nossa volta e nada de amigos nos tornámos. Longe ficaram as conversas a fio até altas horas substituídas pelo "tudo bem e tu?", estaremos sempre mil e um metros afastados com medo de um ataque do subconsciente, deixamos de ser carinhosos como os amigos são e abandonamos aquilo que nos unia antes de olharmos para a outra pessoa de forma diferente : uma vontade de conhecimento ... até nisso falhamos redondamente.
Já ninguém se apaixona de verdade. Niguém vive amores impossíveis e aceita amar sem razão. As coisas ... as pessoas ... tudo se apaixona por uma razão de prática emotiva ... porque é bonito, porque tem de ser e dá o jeito. O final é um comodismo, é uma mentira, é uma fuga ao ideal de compromisso. É confundir amor com abdicar do que somos e fazemos, é levar a verdade da paixão, do sentimento, do amor construtivo a uma valeta sem conceito, sem paixão pura, saudade, tristezas e receios, desiquilibrios e envolvência, dedicação e espaço, custo mas compensação. Já ninguém aceita o trovador, o elogio as palavras, o reconhecimento das acções. O amor estúpido e cego, como puro e único que existe, como verdadeiro e irrefutável ao coração que nos canta cá dentro.
Saturação de histórias iguais, das mesmas conversas e desculpas para acções inrreflectivas de intenções trocadas e práticas, de conveniência e do "fica bem", de tentativas condenadas. Porque não pode tudo acontecer de pernas para o ar e mesmo assim dar certo? Porque têm de haver esquemas pré-concebidos de conhecimento e envolvimento? Porque assustamo-nos com a impulsividade e a absorção dos momentos que nos fazem feliz sem razão!? Nunca vi pessoas tão cobardes, mentirosas e comodistas como as de hoje. Nunca vi tantos namoricos de beijinho aqui, beijinho ali como os de hoje. Onde está o valor? O significado? A razão que não existe? Incapazes de gestos e acções, de voar ao sabor do vento, de lançar e viver desafios em lamirés de loucuras e rasgos de inocência. Tornamo-nos todos um grupo do "ta td bem e ctg?" depois de momentos que afinal foram apenas arquivados em fraquezas. Olhamos à nossa volta. Já não vemos nada! O Romance desapareceu, fechou loja e foi em largas férias. Nunca mais voltou. Ficou o sofá, a tv, a novela da tarde e o "passa-me o jornal"... Fomos consumidos pelo descanso, pelo cai a chuva em cima do nosso colo. Já não há esforço. Já só há medo de o fazer. A vida matou o amor. O egoísmo e o medo de tentar destruíu-nos a nós. Amor .... amor ... essa beleza apagada .... esse perigo desafiado pelo nada. Já ninguém corre atrás do que não se sabe, do misterioso, do que é difícil de apanhar, de compreender. Já ninguém lê as entrelinhas,... a fantasia apagou-se. A ilusão já perdeu a essência, as noites em claro só se passam a pensar em trabalho, na roupa que se veste no dia seguinte... a ilusão bonita, que não faz mal, foi substituída pela (des)ilusão das pessoas. Inventemos e sonhemos o que se quiser! O amor é água que escorre pelas mãos e que sempre nos ficou pelo coração.
Quero contar uma história .... A história "about men who melt after meeting me. They kiss me good-bye, then take two steps into a puddle of themselves. Many men. Oblivion. Again ... but theirs!"